A incorporação tem como alguns dos seus objetivos a evolução espiritual do médium, o cumprimento de uma missão por parte da entidade e a ajuda ao próximo. Não devemos banalizar a prática, incorporando sem nenhum propósito ou sem levar em conta também a segurança, pois, exige uma série de cuidados para garantir a segurança do médium, do local e das pessoas que ali estão.
Em um terreiro ou barracão por exemplo, o médium toma seu banho de proteção, tem a defumação, e todos os elementos que fazem parte do ritual de cada casa e também a preparação do próprio local, se todos esses elementos são necessários em uma gira, significa que precisamos levar em conta o quão sério é essa prática.
As entidades que são muito mais evoluídas que nós nunca irão “possuir” nosso corpo e muito menos incorporar antes do momento correto, o terreiro ou casa espiritualista está preparado pela Espiritualidade Maior para a tarefa de caridade e para conter toda demanda que chega dos consulentes.
Já vimos a importância da tronqueira e do congá, funcionando como campos de força e proteção, então diferente do terreiro, uma residência não possui pontos de forças, talvez um pequeno oratório, porém este altar não tem a função do congá de um terreiro. Por ser um ambiente que não está preparado espiritualmente, assim, qualquer espírito poderá se apropriar do mediador imprudente utilizando indevidamente o nome de uma entidade de Umbanda, enganando a todos.
E a casa pode ficar com toda essa carga, juntamente com as pessoas que lá residem, por consequência do intercâmbio com espíritos de baixa vibração, A casa é o seu local de moradia e mesmo que exista uma proteção, aquela proteção é para sua moradia e não para trabalhos espirituais.
Reservar um local para este rito além de respeitar o que a religião se propõe é garantir a proteção da doutrina, dos fundamentos e a segurança de seus frequentadores, portanto, a incorporação deve ocorrer em um local apropriado, com diligência e suporte, além de responsabilidade e com um objetivo!