Os yorubás usavam colares confeccionados de pedras, conchas, sementes, de ossos e dentes de animais. Na época da colonização os europeus trouxeram para o Brasil as missangas ou contas artesanais, como organização do Candomblé, os colares dos Orixás passaram a ser feitos com estas contas artesanais. Daí surgiu a expressão usada no Candomblé: “fio de contas”.

Na Umbanda os colares ritualísticos recebem o nome de guia, por representarem a Entidade ou Guia Espiritual, estas guias são feitas de miçangas de porcelana, sintéticas ou cristal e trazem alguns elementos específicos de cada Orixá ou entidade, essa escolha será definida pela própria pessoa ou pela orientação do guia ou sacerdote.

Quando o filho está com o seu fio de contas ou guia no pescoço, ele está em verdade carregando consigo seu próprio Orixá ou Entidade, e quando um desses colares arrebenta é sinal de que alguma energia negativa foi absorvida. Portanto, são usadas como instrumentos religiosos, que fazem uma ligação entre a matéria e o divino, permitindo assim uma maior comunicação espiritual com o Orixá ou Entidade representada naquele guia.

Há uma grande variabilidade de materiais utilizados para as guias, bem como em sua composição (números, cores etc.), isso varia conforme a casa, os Orixás e Guias a que são consagradas, e assim existem diversos tipos de guias: As guias de trabalho são utilizadas pelo filho de fé nos templos no momento dos trabalhos espirituais e que não devem ser utilizadas em outro local.

Já a guia de proteção é uma guia para uso diário, geralmente usa-se a branca de Oxalá, ou a do Guia de cabeça do filho de fé, para que possa ser uma proteção durante o dia a dia podendo ser usada em tempo integral sem necessidade de que seja exposta, caso não seja possível utilizá-la no pescoço pode-se colocar em um saquinho branco e levar consigo.

Por isso as guias devem ser confeccionadas com produtos naturais, para que sejam excelentes condutores de energia, sendo um objeto de proteção, para surtir o efeito desejado deve ser consagrado por uma Entidade.

As guias devem ser tratadas com respeito e devoção, pois, não são um simples colar!

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