Os altares também chamados de Congá, Gongá ou Pegí na Umbanda carregam uma vasta bagagem teológica que nem sempre se apoiou somente nas matrizes africanas. Do catolicismo, por exemplo, foi retirada a elevação das estruturas, enquanto do Kardecismo e de outros cultos que fazem o uso da mesa foi retirada ela própria para servir de apoio para as imagens.
A palavra “congá” tem origem no idioma Banto, mas está diretamente ligada ao significado da palavra “altar”, que vem do latim; “altare” de altus, que significa “plataforma elevada”, onde se estabelecem pontos energéticos primordiais e que serve para conexão com forças superiores.
Ali estão imagens, estátuas, elementos, símbolos, velas, incensos e tudo o que representa as Linhas, os Tronos, os Orixás e os Guias de Lei da Umbanda, com exceção dos da Esquerda (que ficam na tronqueira).
Funcionam como uma “ponte” entre os humanos e o sagrado, o Congá é o mais potente aglutinador de forças dentro do terreiro: é atrator, condensador, escoador, expansor, transformador e alimentador dos mais diferentes tipos de energias e magnetismo, é um verdadeiro reservatório de energia e um canalizador direto do axé dos Orixás.
Cada vez que uma pessoa chega à sua frente e vibra em fé, amor, gratidão e confiança, renovam-se naturalmente os planos espiritual e físico, numa junção que sustenta toda a consagração dos Orixás na Terra na área física do Templo.
Desta forma, é necessário que se cuide muito desse ponto de força que sustenta a Casa espiritual, assim como no texto da tronqueira, retomamos que o Congá assume completamente a incumbência irradiadora e sustentadora.